Os profissionais que compõem as equipas de inspeção são verdadeiros exploradores apaixonados pela gastronomia. Percorrem o mundo à procura dos melhores restaurantes para recomendar aos amantes da gastronomia e trabalham nos 40 destinos que o Guia MICHELIN abrange atualmente. Desde restaurantes de hotéis grandiosos, restaurantes urbanos, pequenos bistrôs, pubs e até mesmo bancas de comida de rua, um inspetor do Guia MICHELIN faz mais de 250 refeições anónimas por ano e documenta detalhadamente essas experiências nos seus relatórios.
“O inspetor comporta-se como um cliente típico para que os leitores tenham a mesma experiência.”
Longe da imagem do detetive rígido e severo, que escreve num caderno a avaliação do prato que acabou de provar, os inspetores (funcionários do grupo Michelin) comportam-se como qualquer outro cliente, de modo a garantir que os leitores tenham a mesma experiência que eles. O anonimato e a independência são, portanto, as armas mais úteis! Assim, reservam uma mesa (sempre com um nome falso), fazem o pedido, almoçam ou jantam e pagam a conta na íntegra, como toda a gente.
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Mas é importante informar que nem todos podem ser inspetores! A função exige conhecimentos concretos e competências específicas. Para além de ter uma experiência de, pelo menos, 10 anos no setor da restauração e da hotelaria, o inspetor deve ter um paladar muito apurado, ser capaz de pôr de lado os seus gostos pessoais para avaliar a gastronomia de um estabelecimento da forma mais objetiva possível e ter um conhecimento profundo dos produtos, dos terroirs e das culturas culinárias do mundo.
Existem cinco critérios que guiam os inspetores durante as suas avaliações: a qualidade dos ingredientes, o domínio das técnicas culinárias, a harmonia dos sabores, a personalidade e a emoção que o chefe transmite nos pratos e a coerência ao longo de todo o menu e em diferentes visitas. Estes critérios, que são as referências das equipas de inspeção em todo o mundo, garantem a homogeneidade de seleção do Guia e, uma vez que se aplicam apenas à gastronomia servida por um estabelecimento, permitem avaliar todos os tipos de restaurantes e ofertas culinárias, desde uma praça de alimentação em Taiwan a um restaurante de um hotel de luxo em Paris.
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Em suma, os inspetores são verdadeiros profissionais motivados pela curiosidade. São especialistas dedicados com uma paixão pela comida. Adoram explorar contextos culinários em todo o mundo, acompanhar a evolução de novos destinos, descobrir novos talentos e partilhar as suas melhores dicas onde quer que estejam. A satisfação dos clientes, que confiam nas suas recomendações, é sempre o seu principal objetivo.
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“Os inspetores tomam todas as suas decisões a pensar no coletivo.”
Em equipa, os inspetores atualizam a sua seleção e tomam cada uma das suas decisões a pensar no coletivo, com base nas suas respetivas visitas a cada um dos restaurantes ao longo do ano. Mais uma vez, o objetivo é garantir que as suas recomendações sejam tão objetivas e atualizadas quanto possível e que os prémios tenham o mesmo valor desde Tóquio a São Francisco, desde Copenhaga a Istambul.
As famosas Estrelas MICHELIN são atribuídas em reuniões especiais na qual participam o diretor internacional dos Guias MICHELIN, o editor local e todos os inspetores envolvidos na seleção. As Estrelas são atribuídas com atenção e por unanimidade. Se subsistir qualquer desacordo sobre um estabelecimento, são organizadas novas visitas até chegar a um consenso!