Universal, o leite é, sem dúvida, o alimento mais consumido em todo o mundo. De acordo com dados da ONU (Organização das Nações Unidas), 589 milhões de toneladas do alimento são consumidas por ano. Se alimentar de leite é um dos hábitos mais antigos da humanidade e, entre todas as espécies de seres vivos, o homem é o único que bebe leite de outras espécies.
Fonte de proteína, carboidrato, cálcio, vitaminas e minerais, o leite de vaca é, sem dúvida, o mais popular no Brasil. Mas se, até poucos anos, ele reinava praticamente absoluto nas prateleiras dos supermercados – variando apenas entre as versões integral, desnatado ou semidesnatado –, hoje já conta com vários concorrentes.
Nos últimos anos, o setor de lacticínios se desenvolveu significativamente, passando a oferecer mais opções de origem animal, além de diversas possibilidades de origem vegetal, uma alternativa para quem não quer ou não pode consumir leite de origem animal.
O leite de cabra é o que mais se aproxima do de vaca, tanto em nutrientes como em sabor. Tem digestão mais fácil e menor potencial alergênico, podendo ser empregado na confecção de queijo, iogurte, doce leite e manteiga. Mas sua produção é bastante artesanal e praticamente restrita à região Nordeste, dificultando seu acesso.
Queijo produzido com leite de cabra
Além de maior teor de cálcio e gordura, o leite de ovelha também tem mais concentração de componentes como potássio, manganês, cobre, zinco e fósforo. Seu custo de produção é alto, com baixos rendimentos, por isso é um dos tipos menos populares no Brasil. Feta e pecorino são alguns dos queijos elaborados a partir desse leite e seu iogurte também faz sucesso.
Entre os “leites vegetais”, o mais acessível ao consumidor brasileiro é o de soja. Comercializado no país desde meados da década de 1990, ele ganhou fama por não ter colesterol e, comparando com a versão animal, apresentar baixo teor de gordura e calorias, uma característica comum às bebidas “plant-based”. É utilizado na produção de queijo, tofu, e derivados, além de ser uma boa alternativa em preparações culinárias.
Leite de soja é comercializado no Brasil desde os anos 1990
O leite de amêndoas é um dos favoritos entre adeptos das bebidas vegetais. Rico em cálcio, até mais que o de vaca, é uma das opções menos calóricas. O leite de aveia se destaca pelo alto índice de proteínas e fibras, além de cremosidade e sabor agradável. Naturalmente doce, a bebida à base de arroz é a que apresenta maior quantidade de carboidratos, boa para “dar um gás” para atividades físicas. Já o de coco tem sabor característico da fruta e, por ser rico em gordura, tem textura mais grossa e cremosa, sendo bom em preparações que envolvam cozinhar ou assar.
Existem, ainda, muitas outras variedades de leites vegetais, como de castanha de caju, amendoim, gergelim e quinoa, e a maioria delas pode ser facilmente preparada em casa. “Trocar leite de vaca longa vida por bebida vegetal ‘de caixinha’ é quase como trocar seis por meia dúzia”, diz a nutricionista Viviane Rulli Craveiro, que ensina uma receita fácil de preparar. Vamos testar?
Leite de Aveia em Flocos
Ingredientes:
- 1 xícara de aveia em flocos grossos
- 2 xícaras de água mineral ou filtrada
Preparo:
Hidratar a aveia em flocos com uma xícara de água por pelo menos duas horas. Bater no liquidificar a aveia com a água do molho e adicionar mais uma xícara de água gelada. Coar e guardar na geladeira por até 24 horas.
Dica de uso:
Liquidificar com frutas ou consumir adicionando cacau em pó, baunilha ou canela.
Aprenda a fazer leite de aveia em casa