É primavera! É tempo de alcachofra e de muitas outras flores
A alcachofra ainda é um mistério para muitos brasileiros. Apesar de facilmente encontrada em feiras e mercados, nos meses de setembro a novembro, nem todo mundo sabe como ela deve ser preparada e consumida. Já que é primavera, época de alcachofra, vamos conhecer mais sobre ela e outras flores comestíveis?
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Trazida ao Brasil há cerca de 100 anos por imigrantes europeus, a alcachofra é uma flor comestível típica da região do Mediterrâneo, entre o Sul da Europa e Norte da África, e ainda pouco conhecida por grande parte dos brasileiros. Também, pudera. Sua aparência não deixa nada evidente como ela pode ser preparada e até mesmo consumida.
No Brasil, a época de alcachofra coincide com a primavera. Vamos então aproveitar a temporada para desvendar alguns de seus mistérios?
A alcachofra é dividida em três partes comestíveis: as pétalas (ou escamas), que têm uma base carnosa e macia; o coração, que é a parte mais nobre e saborosa; e o miolo do caule (ou do talo), que também é tão gostoso quanto o coração, especialmente se for retirado da camada fibrosa que o envolve.
Quanto mais fresca estiver, mais tenra e saborosa ficará na hora do consumo. Ao comprar é bom observar se as pétalas estão macias se dobradas (não podem quebrar) e se o caule está com a base seca. O ideal que seja preparada rapidamente mas, se precisar armazenar por uns dias, pode colocar na geladeira ou então em um vaso com água, como qualquer flor. Mas atenção, não deixe passar do ponto e prepare antes que ela floresça!
Mas como preparar? Existem várias formas. O jeito mais simples é cozinhar as alcachofras: no vapor, numa panela comum com água ou na panela de pressão. Sugerimos algum tipo de molho para acompanhar, como o de mostarda e mel. Elas também podem ser grelhadas, após o cozimento, ganhando um gostoso sabor defumado. Outra forma é recheá-las e neste caso os passos incluem cozinhar, rechear (uma farofa rica é uma boa opção) e levar ao forno para gratinar. E, o que muitos desconhecem: ainda é possível o consumo cru, em saladas e sucos.
Além da misteriosa alcachofra, muitas outras flores comestíveis comuns no Brasil apresentam potencial na cozinha e vão bem além da decoração dos pratos.
É o caso da lavanda, por exemplo. Com leve toque cítrico, ela pode ser usada na preparação de chás e bebidas, para aromatizar cervejas e vinhos. Mas é na confeitaria que esta flor ganha destaque. Sorvetes, bolos, pães, biscoitos, cheesecakes e macarons podem ganhar o incremento da lavanda.
Lavanda tem destaque na confeitaria, podendo ser utilizada em sorvetes
A rosa também combina com sobremesas e dá uma ótima geleia. O sabor muda de acordo com a espécie e a cor, indo do adocicado até o mais amargo. As pétalas podem ser cristalizadas ou virarem crocantes chips. A água de rosas, feita por destilação ou fervura de suas pétalas, também tem diversos usos na gastronomia, como a adição em drinks, sorvetes e compotas.
A flor da capuchinha, planta cujas folhas e sementes também são comestíveis, tem um sabor levemente apimentado, que, para muitos, lembra o do agrião. Assim, ela vai muito bem em saladas e pratos frios e pode ser usada para aromatizar vinagres e azeites.
O hibisco, também chamado de vinagreira ou azedinha, já é conhecido no Brasil para o preparo de chás e outras bebidas. Mas nem todos sabem que a flor também é propícia para produção de geleias, doces e até picles.
Além do chá, hibisco tem outras possibilidades de uso na gastronomia
Outras flores que merecem mais espaço na cozinha do brasileiro são as de abóbora e abobrinha. Na Itália elas fazem bastante sucesso. É possível prepará-las de diferentes maneiras: fritas, empanadas, recheadas, no risoto e suflê. Ficam deliciosas!
Flores de abóbora e abobrinha são muito consumidas na Itália
É primavera! Época de levar flores para dentro de casa e da cozinha também!
*Foto de capa: Alcachofra ainda é um mistério para muitos brasileiros
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