As castanhas são oleaginosas de alto valor nutricional, ricas em vitaminas, minerais e fibras, contribuindo para o bom funcionamento do organismo. Fonte de gorduras monoinsaturadas, consideradas “gorduras boas”, elas protegem a saúde do coração e também são poderosos antioxidantes, combatendo os radicais livres que levam ao envelhecimento. Sem contar que essas sementes são deliciosas e muito versáteis na gastronomia, podendo ser utilizadas em inúmeras receitas salgadas e doces.
O Brasil é muito bem servido de castanhas. Além das tradicionais castanhas de caju e a do Pará (também chamada de castanha do Brasil), populares e apreciadas em muitas partes do mundo, o país tem outras castanhas comestíveis, pouco conhecidas até entre mesmo os brasileiros. Selecionamos seis delas para conversar com vocês.
Caju tem uma das castanhas mais consumidas do Brasil
A castanha de baru é típica do cerrado brasileiro, no centro-oeste do país. Sua semente dura pode ser consumida na versão crua ou torrada, como um aperitivo ou utilizada na produção de receitas doces, como paçocas, pé-de-moleque e bolos, ou salgadas, como pães. Muito saudável, é fonte de lipídios, proteínas e nutrientes, como cálcio, fósforo e manganês, sendo indicada para o controle do colesterol e do peso, o combate à anemia e para aliviar inflamações e dores musculares, entre outros.
O licuri é uma espécie de coquinho, de casca bem dura, e sua castanha tem um sabor intenso que lembra mesmo o do coco. É possível comê-la verde ou madura, fresca ou tostada, em receitas ou licores. É uma espécie da mata atlântica, comum do Pernambuco até o sul da Bahia. Com ferro, zinco e cálcio, é benéfica para o sistema nervoso e imunológico e ossos.
Licuri é uma castanha típica do Brasil
A macaúba é a palmeira de maior dispersão no Brasil, presente em quase todo território, do Pará até São Paulo, passando por Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul. De seu fruto, de coloração marrom-amarelada quando maduro, é extraída uma castanha que pode ser utilizada no preparo de doces, como a cocada, ou transformada em farinha para a confecção de bolos, mingaus e sorvetes. É rica em lipídios, fibras e proteínas e entre seus benefícios está a saúde das articulações, olhos e pele.
Típico do cerrado brasileiro, o pequi é fruto polêmico: há quem ame e quem odeie sua polpa. Deixando isso de lado, há uma castanha muito saborosa e nutritiva em seu interior. Extraí-la pode ser difícil, já que muitos espinhos ficam entre a polpa e a semente, que tem finalidades parecidas com o licuri, podendo ser usada no preparo de doces, salgados e pães. Rica em zinco e iodo, também contém cálcio, ferro e manganês, sendo indicada para fortalecer a imunidade, melhorar a visão e controlar o colesterol.
Pequi é aliado da imunidade, melhora a visão e controla o colesterol
A castanha de sapucaia é original da Mata Atlântica, presente especialmente no norte do Espírito Santo e sul da Bahia, mas também encontrada na Amazônia. Considerada uma “prima” da castanha do Pará, tem textura crocante e sabor adocicado, sendo uma alternativa em preparos salgados ou doces, podendo ser consumida crua, cozida ou assada. Rica em ácidos graxos, tem elementos de alto valor nutricional, como o potássio e vitaminas do complexo B.
Típico da floresta pluvial atlântica, o xixá está presente do sul da Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. Suas sementes podem ser ingeridas cruas, cozidas ou torradas, versão mais apreciada, lembrando o sabor do amendoim. Tem vitamina C e rutina, um composto que está entre os antioxidantes naturais mais potente, e contém propriedade anti-inflamatória.
Conta pra gente: você já consumiu alguma dessas castanhas?