Fotógrafos de gastronomia revelam bastidores da profissão e dão dicas de como fazer fotos incríveis usando apenas o celular
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Não basta comer, antes é preciso fotografar. Poucos são os que resistem à tentação de registrar – e postar nas mídias sociais – aquele prato lindo, assim que ele chega à mesa. Mas nem sempre um prato perfeito se transforma em uma bela imagem, digna de ser publicada, não importa quantos cliques você faça ou filtros utilize.
“Hoje as pessoas querem fotografar tudo, mas o que a maioria faz, na verdade, é apenas capturar uma imagem. A fotografia vai muito além disso. É quase como criptografar uma informação e fazer com que ela seja decifrada pelo subconsciente de quem estiver vendo a imagem”, afirma Tadeu Brunelli, fotógrafo especializado em gastronomia.
Tadeu Brunelli é fotógrafo especializado em gastronomia
A fotografia é uma arte e para dominá-la, talento e, às vezes, anos de prática são fundamentais. “Um fotógrafo profissional sabe usar toda sua experiência e a cultura gastronômica adquirida com o passar do tempo para 'traduzir' em imagem o prato preparado pelo chef em um só clique de encher a boca d'água”, define Gladstone Campos. Fotógrafo eno-gastronômico, ele diz que o que diferencia uma foto profissional de gastronomia de uma foto amadora é o enquadramento e a iluminação, mas dá dicas para quem quer caprichar na hora do registro.
“Sempre opte pela luz natural e, se conseguir uma fonte de luz lateral, melhor. Prefira usar um pouco de zoom, pois o celular começa a fotografar em grande angular e, uma boa foto de gastronomia é feita com uma lente meia tele. Flash? Nunca!”, enfatiza. Outro truque, é utilizar um guardanapo para rebater a luz no lado oposto, dando mais volume ao prato. Porque, sim, existem pratos que não são fotogênicos.
Fotógrafo eno-gastronômico Gladstone Campos
“Algumas receitas são mesmo mais difíceis de serem fotografadas, especialmente aquelas sem volume e variação de cores”, conta Henrique Peron, que tem a gastronomia como foco de seu trabalho. O fotógrafo dá um exemplo: filé à parmegiana. “O prato pronto parece uma montanha de queijo com molho de tomate. Nesses casos, temos que usar nossa experiência para chegar a um resultado bom, para que a imagem faça sentido. Um recurso é cortar o alimento ao meio para mostrar as diferentes camadas”.
Coxinha, sopa e sanduíche de mortadela também não estão na lista dos favoritos do fotógrafo. “Já os pratos elaborados por chefs têm a apresentação pensada, facilitando muito nosso trabalho”. Peron ressalta que os pratos preparados para uma foto são montados lentamente, diferente do dia a dia corrido das cozinhas, mas que as receitas fotografadas são exatamente as mesmas servidas aos clientes. “O mercado já não tolera mais mentiras. É muito frustrante receber um prato que lembra apenas de longe aquela foto”.
Brunelli conta que antigamente era comum utilizar elementos que simulavam alimentos, como espuma de barbear e serragem. “Isso faz parte de uma escola antiga de fotografia, que ficou para trás, lá na década de 1980. Hoje temos condições técnicas perfeitas para retratar a realidade”. Para ele, transmitir a verdade é primordial, e insiste. “Só poste uma foto depois de experimentar o prato”. E quanto ao uso filtros? “Eles servem para tentar melhorar uma coisa que não está tão boa assim”. Para edição de fotos, ele indica o aplicativo gratuito Snapseed.
Prato do restaurante Evvai fotografado por Tadeu Brunelli
Fã do Instagram, Peron valida o uso de filtros para fotos amadoras. “Todos os aplicativos de redes sociais de fotos e vídeos já tem muitos recursos para dar aquele ‘up’ nas imagens, inclusive acho que faz parte editar as fotos criando um estilo próprio, este é o legal da coisa toda”. Mas destaca algumas regras básicas. “Na hora da foto, a primeira coisa é a luz. Evite fotografar à noite pois é mais difícil para os celulares captarem cores e volumes. Aí é encontrar o ângulo certo para cada prato, às vezes focar só na comida, outras, mostrar todo o entorno. Cada foto deve contar uma história. E treinando bastante, fica mais fácil”.
*Foto da capa: Herique Peron em sessão de fotos no restaurante Varanda
Anfitriã da cerimônia de anúncio da nova seleção brasileira do Guia MICHELIN, a cidade do Rio de Janeiro é cheia de encantos. Suas belas praias e montanhas, seus conhecidíssimos “cartões-postais” e sua vida boêmia, a levam ao incontestável título de “Cidade maravilhosa”. Mas a origem dessa expressão, popularizada por uma marchinha de Carnaval que virou hino oficial da capital anos depois, tem diferentes versões.
Quem conquistará as Estrelas MICHELIN este ano? Quais restaurantes irão estrear na nova seleção do Guia? E a distinção Bib Gourmand, vai para quem? Todas essas perguntas serão respondidas dia 20 maio de 2024 em uma cerimônia organizada em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro, que será transmitida ao vivo, diretamente do Copacabana Palace.
Você aceitaria comer uma Cueca virada ou uma Roupa velha? Ofereceria para suas visitas uma fatia de Mané pelado ou uma generosa porção de Mineiro de botas? Você não leu errado! Apesar dos nomes nada comuns, estamos, sim, falando de receitas tipicamente brasileiras!
A união do feijão com farinha de mandioca e toucinho criou um dos pratos mais conhecidos da culinária brasileira. Feita com alimentos secos e duráveis, a receita vem do período colonial, quando os tropeiros viajavam longas distâncias pelo país transportando mercadorias no lombo de mulas.
Não é à toa que temos uma variedade tão grande de pastas. Isso não é apenas uma questão de preferência e as nonnas italianas sabem bem! Longas ou curtas, finas ou largas, cada massa pede um tipo de molho específico. Ensinamos a você como fazer as melhores combinações.
Umas das maiores influências da gastronomia do Pantanal vem da alimentação das comitivas pantaneiras, responsáveis por guiar os gados para áreas mais altas no período de cheias. Cercada por rios, a região também tem forte presença de peixes de água doce na culinária, além de carnes de caça e frutas típicas.
Todo folião experiente sabe: para aguentar os quatros dias de folia – mais as festas do pré e pós-Carnaval – não se pode descuidar da ingestão de líquido e de uma boa alimentação. Por isso, fizemos uma lista de restaurantes para quem vai acompanhar os desfiles nos sambódromos de São Paulo e Rio de Janeiro ou curtir os blocos pelas ruas das cidades.
É mandioquinha ou batata-baroa? Pão francês ou pão de sal? Geladinho, sacolé ou chup-chup? Um mesmo alimento pode receber nomes bem diferentes no Brasil a depender da região em que é consumido. Que nome você dá a eles?
Apesar de terem o mesmo nome e alguma semelhança no modo de preparo, cuscuz nordestino, cuscuz paulista e cuscuz de tapioca são pratos bem diferentes. Cheia de afeto e de memórias, a tradicional receita surgida há muitos séculos no noroeste africano conquistou o paladar do brasileiro, ganhando diferentes versões. Vamos conhecê-las?
Com influências indígenas, portuguesas e africanas, a moqueca é um dos pratos mais conhecidos do Brasil. O saboroso ensopado, geralmente à base de peixe ou frutos do mar, pode ser preparado à moda baiana, capixaba ou paraense, desde que seja na panela de barro! Qual é sua versão favorita?
Você pode não saber quem foi Oswaldo Euclides de Sousa Aranha, mas é possível que já tenha comido o PF que ganhou o nome deste político gaúcho. Além do “Filé à Oswaldo Aranha”, outros pratos brasileiros receberam o nome de personagens reais que criaram ou inspiraram as receitas famosas.
Cozida, frita, em forma de purê ou farinha, a mandioca está presente no dia a dia da mesa do brasileiro, indo do café da manhã ao jantar. Você conhece a história desse tubérculo cultivado há milhares de anos na América do Sul e considerado o alimento do século 21 pela ONU?
Será que existe um tipo de panela adequado para o preparo de cada alimento? Ah, existe, sim! A matéria-prima da panela pode influenciar no tempo de cozimento, no sabor do prato e até na saúde de quem consome a comida preparada.
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