Novidades 2 minutos 11 Novembro 2021

Cinco ingredientes para experimentar assim que possível

Sempre atentos às novidades gastronômicas, os inspetores do Guia MICHELIN têm o privilégio de descobrir e experimentar novas tendências antes mesmo que elas se desenvolvam dentro do segmento de restauração. Isso significa que, muitas vezes, eles têm a sorte de provar ingredientes que ainda não são tão conhecidos, antes mesmo de se tornarem o próximo grande sucesso.
Claro, muitos ingredientes “desconhecidos” em uma determinada região, são alimentos do dia a dia em outras culturas; a novidade para um pode ser o pão com manteiga do outro.
Alguns de nossos inspetores compartilham suas experiências e nos apresentam cinco ingredientes que recentemente chamaram sua atenção. Cada um merece um lugar especial no cenário gastronômico. Esperamos que eles tragam inspiração para sua próxima aventura culinária, seja uma refeição fora ou em sua própria cozinha.


Pimenta habanada
Desenvolvida em 2014 pelo criador de plantas Michael Mazourek como parte de sua pesquisa de doutorado na Cornell University, a habanada é um habanero com um toque inédito. Tudo começou pelo desejo de Mazourek em descobrir como seria o sabor de uma pimenta, se fosse possível descartar a picância. A partir daí, ele cruzou diversas variedades da habanero e, então, criou as primeiras habanadas. Elas são como uma pimenta, mas sem a picância típica da variedade, resguardando o distinto sabor frutado, que lembra o melão almiscarado, suculento e doce. Isso a torna um item tão especial.

Infelizmente, não é fácil encontrar o produto que ainda não está disponível no varejo. No entanto, alguns chefs utilizam a Habanada em suas receitas, como o chef Dan Barber, no Blue Hill, uma estrela no Guia MICHELIN, em Nova York.


Lulo. © alexander ruiz / iStock


Lulo

Também conhecida pelo nome de naranjilla, esta pequena fruta de cor laranja é proveniente da América do Sul e Central. Ingrediente fundamental da típica bebida colombiana, a Lulada, o lulo tem aparência semelhante ao tomate, mas com sabor cítrico, lembrando uma mistura de limão e abacaxi. Fruto típico de nosso continente, a naranjilla é encontrada com facilidade em lojas de rede e mercados municipais.


Doenjang. © eunyoung lee / Pixabay


Doenjang
Esta pasta de soja fermentada é um ingrediente que faz parte do cotidiano do povo coreano e muito conhecida pelos amantes da gastronomia local. Comparado ao misô japonês, o doenjang raramente era visto fora dos restaurantes coreanos tradicionais - pelo menos até bem recentemente. Embora lembre em muitos aspectos a pasta japonesa, o doenjang (pronuncia-se dwen-jahng) é feito a partir de um método diferente, com sabor mais assertivo, doce e mais amargo, com um aroma forte e surpreendente, às vezes semelhante ao queijo azul.
No Brasil, o doenjang é encontrado em mercados asiáticos especializados, ou encomendadas via internet.


Iru ou sementes de alfarroba fermentadas. © Abimbola Olayiwola / Shutterstock


Iru
O Iru é a prova que os sabores umamis não são apenas provenientes da cozinha asiática. Este ingrediente rico e picante, feito da alfarroba africana, é um alimento básico da culinária nigeriana, onde é facilmente encontrado e usado, principalmente, em sopas e guisados. Embora remeta um pouco ao sabor de nozes do missô (e ao sabor de queijo do doenjang ), este verdadeiro camaleão culinário também tem notas de chocolate amargo e cogumelos.
Assim como a pimenta habanada, o Iru ainda é difícil de ser encontrar no varejo, podendo ser apreciado em restaurantes da culinária africana.


Alga marinha de chifre de veludo. © efesan / iStock


Velvet Horn Seaweed
Esta alga marinha é valorizada por seu intenso sabor oceânico e textura elástica, que lembram seu homônimo espanhol, o percebe, referindo-se às cracas semelhantes ao pescoço de cisne, consideradas uma iguaria. Esta alga, também conhecida por códium (nome do seu género científico), pode ser encontrada em águas rasas de todo o Atlântico, mas é especialmente apreciada onde é colhida ao longo da costa ibérica. Em nosso mercado é mais difícil comprá-la in natura, sendo possível encontrar em cápsulas em farmácias de manipulação. A alga é utilizada em algumas culturas para balancear o sistema endócrino, e como estimulante do humor, além de facilitar a recuperação de machucados. Um ótimo equilíbrio de bem-estar mental e físico.


Escrito por Inspetores MICHELIN e adaptado pela equipe do Brasil do Guia MICHELIN


*Foto da capa: Pimenta Habanada. Retirada do site MICHELIN Guide

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