Luiz Filipe Souza herdou um restaurante sem chef (o antigo Salvatore Loi) e fez dele, em menos de dois anos, um estrelado MICHELIN. Ao assumir o Evvai, à época com 28 anos, decidiu ancorar sua cozinha na matriz italiana que o formou - o currículo de Luiz Filipe soma passagens pelo Fasano, Girarrosto, Mozza Bar e Loi Ristorantino -, mas sem abrir mão da liberdade criativa.
Nasceu assim sua cozinha oriundi, como ele mesmo chama, de base italiana, mas integrada à cultura e aos produtores locais. “É a cozinha que nasce desse intercâmbio entre o Brasil e a Itália”, explica. A saber, “oriundi” é termo usado em referência a imigrantes e descendentes italianos ao redor no mundo.
Modernos, os pratos de Luiz Filipe têm estilo próprio e carregam um quê da cozinha molecular - com direito a nitrogênio líquido e Thermomix. Mas tudo muito bem dosado, para que a comida “não perca o axé, a parte emotiva”, explica. “A ideia é que essa tecnologia esteja praticamente invisível.”
