Os restaurantes com a melhor relação qualidade/preço de Lisboa

Mesmo ao lado do MAAT — Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia —, o Canalha é daqueles sítios que combinam o charme de um bistrô moderno com a alma de um restaurante de bairro. Com o balcão voltado para a equipa de cozinha em ação, serve pratos para partilhar, de raízes portuguesas, com espírito de mercado e centrados na qualidade do produto. Há marisco fresco, peixe bem tratado, boas carnes e combinações afinadas pelo chef João Rodrigues. Tudo isto a preços simpáticos e num ambiente convidativo. Destaque para a Tortilha de camarão e cebola — simples, suculenta e cheia de sabor. 

Um gastrobar mexicano no centro de Lisboa que rapidamente se tornou um favorito — não só por ser do célebre chef Ljubomir Stanisic (grupo 100 Maneiras), mas também pela atmosfera casual envolvente. A cozinha é precisa e cheia de sabor: dos Antojitos às Gringas, com destaque para os Tacos al pastor e os de couve-flor. Para os mais curiosos, há ousadias como o Guacamole com insetos ou o Chicharrón com larvas e grilos. E, claro, um cocktail com tequila aqui não falha. Daqueles sítios a que se quer voltar mal se sai.

No centro de Lisboa, este restaurante apresenta-se como um “Tasco Atípico” — e o nome não podia ser mais apropriado. Num cenário informal, que evoca as tascas contemporâneas, serve-se uma cozinha portuguesa moderna, pensada para partilhar. O menu inclui petiscos, pratos frios e quentes, todos bem executados, com sabores reconhecíveis e toques pontuais de influência espanhola e mexicana, reflexo da experiência do chef Hugo Candeias no extinto Hoja Santa, em Barcelona. Entre os imperdíveis: o Tártaro de novilho com tutano.

Fora do radar turístico, no bairro lisboeta de Campo de Ourique, o Pigmeu é um daqueles achados com alma própria. Aqui, tudo gira em torno do porco — criado em liberdade em Montemor-o-Novo, no Alentejo — e nada se desperdiça. O chef Miguel Azevedo segue o conceito nose to tail (do focinho ao rabo), explorando cada parte do animal e os seus sabores mais autênticos. O Torresmo do Rissol, os Croquetes do Pigmeu e os pratos de miudezas surpreendem até os mais céticos. E o objetivo? “Alimentar o coração, a cabeça e o estômago”.

Este é o cenário do lado mais informal — e ideal para refeições partilhadas — da chef Marlene Vieira, também à frente do vizinho Marlene,, com Estrela MICHELIN. A poucos passos do Terminal de Cruzeiros de Lisboa, num espaço envidraçado, moderno, em tons brancos e vermelhos, com esplanada virada para o Tejo, a chef revisita o receituário português com leveza e abertura a outras latitudes. Entre os pratos que fazem “zunzum”: Gambas rosa do Algarve, manteiga de algas e limão; Arroz cremoso de bivalves e coentros, ou a Costeleta de porco alentejano, milhos fritos e ketchup de pimento assado.