Le Meurice, Dorchester Collection

Com o apelido de “o hotel dos reis”, o Meurice já hospedou todo mundo, da Rainha Vitória ao Marajá de Jaipur e ao Rei e Rainha da Espanha. Por mais de cem anos o Meurice tem sido para muitos o hotel francês fundamental. Refletindo sua ligação ininterrupta com a arte de viver francesa, o Le Meurice é um lugar mágico e sereno, onde os esplendores refinados da arquitetura do século XVIII encontram o que há de mais contemporâneo em conforto e elegância. É o lugar aonde se vai para os banquetes à moda de Brillat-Savarin e para bebericar chá no salão de veludo vermelho.

E, desde sua reforma, o Meurice elevou suas características francesas a novas alturas. Os garçons passam zunindo com o nariz em pé. Se você pedir uma simples torrada, pode esperar que ela será servida em um enorme carrinho de prata. Aqui também, conforme passam as estações, nascem as criações de Yannick Alleno, o chef do famoso restaurante Le Meurice. Tirando sua inspiração dos fartos tesouros gastronômicos da região de Paris, este jovem chef francês adiciona um tique audaz a pratos tradicionais, criando uma deliciosa e extravagante conexão entre o passado e o presente. Enquanto isso, o spa oferece tratamentos com óleo de semente de uva de nada menos do que as uvas do Château Lafite.

Os puristas preferem a elegância levemente despojada de sua encarnação anterior, mas é difícil não se impressionar com a enorme entrada em frente às Tuilleries e com o interior de mármore com seus lustres e pisos de mosaico. O restaurante é um dos mais belos da cidade, com candelabros de três braços iluminando as pesadas toalhas de mesa de damasco e a porcelana de Lomoges. E todos os apartamentos são forrados com um excesso de pinturas de antigos mestres, tapetes orientais e mobiliário Luís XV e XVI e da época do Império. Os banheiros de mármore são enormes, com banheiras que enchem em um piscar de olhos e chuveiros superdimensionados com jatos de alta pressão.

Você vai ver que as características francesas do Meurice se estendem também aos funcionários. O serviço é francês tanto em eficiência (muita), quanto em atitude (também muita). Os porteiros e carregadores atuam na porta como figuras intimidadoras que, com esnobismo inefável, agem como leões de chácara, decidindo quem pode ou não entrar. Enquanto isso, o concierge irá buscar sua roupa lavada a seco, consertar seu celular e reservar entradas para o teatro. E, ademais, o café da manhã na cama no Meurice pode curar qualquer mal. Um carrinho coberto por uma toalha branca, uma rosa na bandeja, muita prataria e croissants verdadeiramente de sonho, enquanto a luz do sol suavemente entra pela janela. É o suprassumo da experiência parisiense.