Palazzina Grassi

Se alguma vez houve uma cidade que precisasse de um pouco do tratamento Philippe Starck, ela é Veneza. Aqui um pouco de design vai longe — não que você possa acusar o Palazzina Grassi de ser pouco projetado. Aqui, Starck veio com força total: máscaras nos abajures da cabeceira, lustres comicamente exagerados, espelhos em todas as superfícies. É um clássico palazzo veneziano filtrado pela mente de um dedicado anticlassicista, e o resultado é memorável.

Em um hotel concebido por Starck, os quartos parecem menos com um refúgio e mais como uma espécie de provocação. Partes suficientes da antiga estrutura permanecem para que você não esqueça que está em Veneza, e há um pouco de diversão com os vitrais famosos da cidade. Enquanto isso, do lado de fora, está a Veneza original, que de alguma forma parece mais jovem e vibrante em contraste com o interior criativo do Palazzina, pois você nunca viu o Grand Canal desta maneira.

O Krug, o bar do hotel, está aberto apenas para hóspedes e membros locais, assegurando uma seletiva clientela. Não há recepção, e as refeições são servidas a qualquer momento em qualquer lugar dentro do hotel, dispensando a tradicional sala de restaurante. É difícil acreditar que esta é a mesma Veneza dos cartões postais que seus avós enviaram — e, ainda bem, essa é a ideia.