Jamaica Inn

Décadas atrás a Jamaica era considerada um clube de alta classe com uma peculiar dominância britânica: Noël Coward e Ian Fleming viveram aqui, e Winston Churchill e T.S. Elliot eram visitantes conhecidos. Desde então, uma ou outra coisa mudou, e o turismo é uma delas. Agora a ilha é bastante democrática em relação aos visitantes, pois aqui reina o relaxamento. E o Jamaica Inn é um híbrido entre estes dois períodos, com uma atmosfera extremamente casual e uma certa elegância clássica.

Talvez ainda estejamos nos anos 1950 por aqui, e isso não é um mal negócio: este é um resort tradicional com um pequeno desvio retrô, uma homenagem à clássica hospitalidade. Os quartos são eficientes e bem decorados, mas nunca cheios ou antiquados, e, olhando para a lista de hóspedes, nota-se que clássica mesmo é só a propriedade — os visitantes são, digamos, bem mais jovens que Churchill e de diversas nacionalidades.

A atmosfera criada talvez se deva ao fato de o estabelecimento ser um caso de família — os donos cuidam dele com um zelo que não se vê em resorts maiores por aqui. O fato de não haver uma TV ou alarme no quarto é puramente proposital. Tratamentos no spa estão na lista de atividades favoritas, mas as águas calmas do Caribe também lhe convidam para outras formas de relaxamento, como mergulho, caiaque e pesca em alto-mar. É calmo do jeito que você espera, mas, se está buscando por algo mais agitado para fazer, não há nada que o concierge não possa arrumar para você. No fim da tarde, o agito começa e se estende até as 23h com a noite reggae sob o céu estrelado. É quando você considera não só visitar a Jamaica, mas, quem sabe, morar aqui.

Durante o verão, crianças a partir de dez anos são bem-vindas no hotel.