Novidades 1 minuto 26 Novembro 2021

Viajar é preciso

Chefs compartilham lembranças de lugares que visitaram e que inspiram seu dia a dia na cozinha, e revelam que recuerdos guardam dessas experiências.

Fazer as malas e embarcar rumo a um destino cheio de novidades pode ser uma experiência das mais enriquecedoras para qualquer pessoa. Mas para um chef, uma viagem pode significar muito mais: aprendizado, inspiração e lembranças que acabam por permear sua performance à frente do fogão.

As viagens fazem parte do desenvolvimento dos chefs tanto quanto visitar outros restaurantes, aprender novas técnicas.... Aliás, uma viagem pode, inclusive, propiciar tudo isso. Vivenciar outras culturas, outros hábitos alimentares, outras formas de pensar e enxergar o mundo faz parte da formação de um chef e do seu aprimoramento.

A experiência de uma viagem traz inspiração e os recuerdos trazidos na mala ajudam a reavivar a memória, resgatando o que foi apreendido. Os chefs Lucas Dante, do Cepa Restaurante, Bib Gourmand no Guia MICHELIN em São Paulo, e Henrique Schoendorfer, chef Executivo do Ristorantino, compartilham suas experiências e revelam o que trouxeram de precioso na bagagem de regresso.

Para o chef Lucas Dante, os livros são o que mais encantam o chef em uma viagem. “Para mim os livros são fontes eternas de aprendizado. Nas viagens, quase sempre me deparo com obras que não conhecia, ou que não encontro com facilidade aqui no Brasil”, explica o chef. “Uma das obras que guardo com muito carinho é o ‘The cookbook’ do Le Clarence. Além de ser uma excelente fonte de inspiração, me transporta imediatamente para a França e para as incríveis experiências que vivenciei por lá”, completa.

Livro The cookbook, lembrança do chef Lucas Dante do Restaurante Cepa. Crédito: Divulgação


Já o chef Henrique Schoendorfer, chef Executivo do Ristorantino conta um pouco da história de uma chitarra (cortador de massa artesanal, para massas longas) que lhe traz boas lembranças de uma viagem à Itália. “Ganhei essa chitarra do chef Henrique era Gabrielle Marrangoni, em uma viagem que fiz com minha namorada, que pisava na Bota pela primeira vez. Alugamos um carro para cruzar o país e paramos em Abruzzo, para visitar o chef, com quem eu faria, algum tempo depois, uma settimana della cucina italiana no Brasil. Fiquei tão maravilhado com o presente que guardei em casa, nem levei para o restaurante quando o evento aconteceu, e pouco uso para mantê-la intacta” conta entusiasmado.

Chitarra, presente ganhado pelo chef Henrique Schoendorfer, do Ristorantino. Crédito: Acervo pessoal


O presente, ainda que não tenha sido usado na settimana dela cucina italiana, rendeu uma grande amizade. “FIcamos muito amigos, e nos falamos quase que semanalmente. Infelizmente, ele faleceu dois anos depois, subitamente. Em homenagem a ele, a chitarra permanece intacta na cozinha”, finaliza.

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