Wythe Hotel

É verdade que a fama da região de Williamsburg, no Brooklyn, já data de mais de uma década, mas, em termos de hotéis boutique, o bairro apenas começa a despertar. O Wythe não é o primeiro do tipo na região, mas, daqui em diante, todos os novos empreendimentos do Brooklyn serão comparados a ele. Não porque ele jamais poderá ser superado, mas porque é muito raro encontrar um hotel que retrate o caráter de sua vizinhança como o Wythe.

Em Williamsburg, isso significa estar localizado entre o McCarren Park e a gentrificada margem do East River, em um prédio industrial de 1901, que foi cuidadosamente (mas não completamente) renovado. Em termos de comidas, significa ter um pedaço da realeza da culinária de Williamsburg. Jake Leiber e Aiden O’Neal – do queridinho da região, o Chez Ma Tante – são os chefs de cozinha por trás do Le Crocodile, servindo pratos genuínos da culinária francesa em um ambiente inspirado em suas favoritas brasseries de Nova York e Paris.

Os quartos de hóspede são confortáveis e bastante espaçosos para os padrões nova-iorquinos. Embora não cheguem a ser luxuosos, são adequados para o local e a clientela. Os pisos de concreto, as enormes janelas que vão do chão ao teto, as paredes de tijolos expostos e os banheiros revestidos de azulejos, como aqueles utilizados nas estações de metrô, dão o toque perfeito à decoração dos ambientes. Há ainda mais prazer a ser descoberto nos complementos – dos acessórios e acabamentos até os produtos de banho e itens do frigobar, é evidente a admirável atenção aos detalhes.

Poderíamos seguir descrevendo o hotel para demonstrar nosso ponto de vista, mas chega um momento em que é necessário ver com os próprios olhos – e é simplesmente impossível não encontrar o “Hotel”, graças ao letreiro de 15 metros de altura, que paira absoluto na esquina da Whyte Avenue com a North 11th Street. Para aqueles que ainda não conhecem a fama de Williamsburg, este é o local ideal para um curso intensivo.