Viagem 2 minutos 24 Março 2021

“Billions”, uma ode à gastronomia de NY

Enquanto brincam de gato e rato, protagonistas da série encaram lanches e banquetes pelos restaurantes e food trucks da cidade.

Ninguém esperava por isso, mas é provável que “Billions” seja o melhor programa de comida da atualidade. Com um roteiro que tinha tudo para aborrecer (o tema é mercado financeiro), a série do canal Showtime, em cartaz na Netflix, já está em sua quinta temporada -- e deve haver continuação em 2021.

Seu mote é a perseguição implacável do procurador Chuck Rhoades (interpretado por Paul Giamatti) ao ricaço Bobby Axelrod (vivido por Damian Lewis), homem suburbano de estilo despojado que enriqueceu tomando atalhos pouco ortodoxos, ao montar uma firma que lida com fundos de investimento pós-11 de Setembro. No meio da briga está a mulher de Rhoades, Wendy (a atriz Maggie Siff), que trabalha como psicóloga e chefe de recursos humanos na empresa de Axelrod e vive um conflito moral cheio de nuances. A propósito: os três adoram sair para comer.

Vira e mexe, enquanto o trio e suas equipes se engalfinham, o espectador pode se encantar com almoços e jantares em restaurantes estrelados e food trucks icônicos de Nova York. Brian Koppelman e David Levien, criadores da série, prestam assim uma bela homenagem à riqueza gastronômica da cidade e seus distritos.

Aqui, celebramos Nova York com uma lista de oito endereços que aparecem em “Billions”.

Sushi Nakazawa
O uma estrela MICHELIN é comandado por Daisuke Nakazawa, discípulo de Jiro Ono (o astro do documentário “Jiro Dreams of Sushi”). O lugar é um santuário da comida japonesa em West Village. Em uma cena da segunda temporada, Mike Wagner, braço-direito de Axelrod, interrompe um diálogo com o chef em japonês para passar um pito em um grupo de engravatados que, sem cerimônia, mergulhavam seus sushis no shoyu.

Barney Greengrass
O Prato MICHELIN aparece em uma cena da quarta temporada, quando Chuck Rhoades visita uma série de restaurantes, atrás de gente que possa lhe fazer um favor. Aqui, ele pede ajuda a um comissário de polícia que toma café da manhã no Barney Greengrass -- que serve, a propósito, um dos melhores desjejuns de Nova York. Esta déli foi inaugurada no Harlem em 1908 e, em 1929, mudou-se para o Upper West Side, onde funciona até hoje.

Maialino
Café da manhã em uma trattoria? Tinha de ser coisa de Axelrod, faminto inveterado. Na primeira temporada, o empresário tenta convencer clientes a desistirem de um fundo de investimento durante um café da manhã neste O Prato MICHELIN tocado por Danny Meyer, que funciona dentro do Hotel Gramercy Park, no bairro de mesmo nome.

Marea
O sofisticado uma estrela MICHELIN, comandado por Michael White e com foco em pescados, aparece na temporada 4, quando Chuck e Sean Ayles resolvem o problema de um embaixador. O próprio chef faz uma ponta no episódio.

Eleven Madison Park
O três estrelas MICHELIN de Daniel Humm, no Flatiron District, é exibido em grande estilo na quarta temporada, quando a então namorada de Axelrod, Rebeca Cantu, faz uma oferta irrecusável a um investidor. 

David Chang e Axelrod - Facebook do Momofuku


Momofuku Ko
Localizada no Lower East Side, o duas estrelas MICHELIN é uma das casas mais elegantes do chef David Chang e serve de cenário na segunda temporada de “Billions”, com o próprio chef dando as caras e servindo o menu-degustação da casa a Axelrod e seu amigo.

Mile End Delicatessen
Chuck Rhoades dá um tempo na dieta para celebrar a prisão do empresário Lawrence Boyd nesta déli minúscula e famosa. A casa é um Bib Gourmand especializado na autêntica comida judaica de Montreal, cidade canadense com forte influência da comunidade e variações locais no preparo de clássicos como o sanduíche de pastrami.

Daniel
Na terceira temporada, Axelrod e Wags (Mike Wagner) dão boas-vindas a um novo funcionário em um dos restaurantes do chef francês Daniel Boulud, que faz uma ponta e vai à mesa cumprimentá-los. Na cena, o dono do duas estrelas MICHELIN de Lenox Hill recebe Axelrod de camiseta e assim ele fica -- é comum que se ofereça um paletó na porta aos homens que não estejam vestindo um traje formal.

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